sábado, 24 de abril de 2010

Por amor a Jesus Sacramentado

Alguns meses antes de sua morte, o Bispo Fulton J. Sheen foi entrevistado pela rede nacional de televisão: "Bispo Sheen, milhares de pessoas em todo o mundo inspiram-se em você. Em quem você se inspirou? Foi por acaso em algum Papa?".

O Bispo Sheen respondeu que sua maior inspiração não foi um Papa, um Cardeal, ou outro Bispo, sequer um sacerdote ou freira. Foi uma menina chinesa de onze anos de idade.

Explicou que quando os comunistas apoderaram-se da China, prenderam um sacerdote em sua própria reitoria, próximo à Igreja. O sacerdote observou assustado, de sua janela, como os comunistas invadiram o templo e dirigiram-se ao santuário. Cheios de ódio profanaram o tabernáculo, pegaram o cálice e, atirando-o ao chão, espalharam-se as hóstias consagradas.

Eram tempos de perseguição e o sacerdote sabia exatamente quantas hóstias havia no cálice: trinta e duas.

Quando os comunistas retiraram-se, talvez não tivessem percebido, ou não prestaram atenção, a uma menininha, que rezando na parte detrás da igreja, viu tudo o que ocorreu. À noite, a pequena regressou e, escapando da guarda posta na reitoria, entrou no templo. Ali, fez uma hora santa de oração, um ato de amor para reparar o ato de ódio. Depois de sua hora santa, entrou no santuário, ajoelhou-se, e inclinando-se para frente, com sua língua recebeu Jesus na Sagrada Comunhão. (Naquele tempo não era permitido aos leigos tocar a Eucaristia com suas mãos).

A pequena continuou regressando a cada noite, fazendo sua hora santa e recebendo Jesus Eucarístico na língua. Na trigésima noite, depois de haver consumido a última hóstia, acidentalmente fez um barulho que despertou o guarda. Este correu atrás dela, agarrou-a, e golpeou-a até mata-la com a parte posterior de sua arma.

Este ato de martírio heróico foi presenciado pelo sacerdote enquanto, profundamente abatido, olhava da janela de seu quarto convertido em cela.

Quando o Bispo Sheen escutou o relato, inspirou-se de tal maneira que prometeu a Deus que faria uma hora santa de oração diante de Jesús Sacramentado todos os dias, pelo resto de sua vida. Se aquela pequena pôde dar testemunho com sua vida da real e bela Presença do seu Salvador no Santíssimo Sacramento então, o bispo via-se obrigado ao mesmo. Seu único desejo desde então seria atrair o mundo ao Coração ardente de Jesus no Santíssimo Sacramento.

A pequena ensinou ao Bispo o verdadeiro valor e zelo que se deve ter pela Eucaristia; como a fé pode sobrepor-se a todo medo e como o verdadeiro amor a Jesus na Eucaristia deve transcender a própria vida.

O que se esconde na Hóstia Sagrada é a glória de Seu amor. Todo o mundo criado é um reflexo da realidade suprema que é Jesus Cristo. O sol no céu é apenas um símbolo do filho de Deus no Santíssimo Sacramento. É por isso que muitos sacrários imitam os raios de sol. Como o sol é a fonte natural de toda energia, o Santíssimo Sacramento é a fonte sobrenatural de toda graça e amor.

texto retirado do site: http://www.acidigital.com/Historias/sacramentado.htm

3 comentários:

  1. Li com atenção a história piedosa, oportuna, que deixais para meditação. O Bispo, naturalmente, foi acometido de profunda comoção espiritual por este relato. Mas, quero crer, que a espiritualidade do virtuoso bispo radica no Senhor Jesus. E, é n’Ele que a nossa fé tem fundamento. No mais, esta história serve-me para descobrir a leviandade com que tantas vezes me curvo perante o “Santíssimo Sacramento da Eucaristia”; como, em Sua venerável presença, tanto Lhe dirijo oração/adoração, como parto para amenos diálogos de confraternização (necessários, mas em lugar que não aquele que reservo para Lhe prestar adoração). Lamento profundamente as atitudes sacrílegas que partes da humanidade, desde sempre, têm tomado. Faço oração, para que ao “Santíssimo Sacramento fonte sobrenatural de toda a graça e amor” sejam dedicadas muitas horas santas de oração reparadoras dos meus desrespeitos, e que sirvam à conversão de tantos que também nestes tempos se divertem nas ofensas que fazem a “Cristo” na Sua Igreja.

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  2. li a hitória verdadeira da menina chinesa. jesus quer precisar destas horas e deste amor. o mundo está como está porque Jesus não é amado. quantas horas de adoração não poderiam aplacar as iras de Deus que vê e sente os pecados dos homens?

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  3. Sinto-me bem pequenininha diante de uma grande e corajosa chinesinha que não heistou nem mediu perigo, para estar junto de Jesus. Só mesmo a graça de Deus na minha vida me faz tentar todos os dias ser menos pecadora e ser mais perseverante, orante e adoradora. E agradeço por aqui chegar, lendo este relato de amor e fé.
    Convido aos leitores que também aqui chegam para uma visita a alguns textos de reflexões católicas que gosto de escrever no site do recanto das letras, com o nome de autor "espuletah". Ficarei honrada com a visita e comentários, conforme desejem. Paz e bem!
    Marcia

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